Experiências culinárias pela Ásia (especialmente Japão). Tem muita comida normal por aqui, mas eu vou dar ênfase nas estranhas! :)

24.5.07

Caramilho!


Não, não é palavrão. É uma novidade vinda de Hokkaido que eu achei numa lojinha em Tóquio: Caramelo de milho! Para os que não gostaram muito do caramelo sabor carne (veja abaixo), uma versão mais suave. Eu, pessoalmente, gosto de quase todo tipo de comida baseada em milho, logo adorei o doce. Parece curau. Por que é que não tem doces assim no Brasil? Ou será que tem e eu apenas nunca vi?
Alguém aceita?

Rapadura, versão japonesa


Tá, eu sei que rapadura não é nenhuma novidade para os brasileiros. Mas o simples fato de encontrar rapadura por aqui (sem ser produto importado) já é interessante o bastante. Como o doce de abacaxi, esta rapadura é produto de Okinawa. O gosto, como de se esperar, não é muito diferente. Eu gostei do corte. Um bom exemplo de 'tecnologia' que os brasileiros deveriam copiar. Muito mais fácil de comer que os 'tijolos' que a gente vê no Brasil.

Rapadura de abacaxi!


Hoje minha esposa me presenteou com uma novidade: um saquinho de rapaduras de abacaxi. Bom, não era realmente rapadura (eu acho), mas era doce e gostoso. Eu achei interessante. O doce veio de Okinawa, sul do Japão, conhecida, entre muitas outras coisas, por produzir cana-de-açúcar.
Alguém aceita?

9.5.07

Patinhas de caranguejo


A culinária japonesa é famosa pela estética sofisticada em pratos pequenos e delicados. Cada refeição japonesa (especialmente a de restaurantes) é uma mini obra de arte, que às vezes dá até pena de comer.
Hoje, entretanto, apresento um outro estilo de refeição, extremamente popular em muitos lugares do Japão e que com certeza muitos brasileiros apreciariam sem hesitar: patas de caranguejo cozidas.
Admito que o título não é especialmente chamativo. Mas, como dá para ver na figura, não são patinhas comuns. O tipo de caranguejo em questão é o Chionoecetes Japonicus, o caranguej0-das-neves japonês (acho que esse é o nome do bicho), mais conhecido aqui como Zuwaigani. Nomes à parte, o prato é uma delícia, mesmo para quem não é fã de caranguejo como eu. Ainda mais nas condições em que ele foi servido: rodízio de caranguejo com bebida à vontade. Havia outros tipos de caranguejo também, como o caranguejo-cabeludo (Erimacrus Isenbeckii), mas era perda de tempo. Para que desperdiçar tempo (esqueci de falar que tinha o limite de duas horas no rodízio, limitação estabelecida pela loja por motivos óbvios) com pratos menores? Não. Aquela foi a noite de caranguejo com cerveja.
O preço, como de se esperar, foi uma tremenda mordida. Mas valeu bastante a pena, já que o que a gente pagou por refeição foi equivalente ao que se pagava na praça por um terço das 'patinhas' da foto. Geralmente eu me sinto contrariado por pagar caro por comida. Acho que se gente deve comer bem a preços justos. Mas nesse caso fiz uma exceção, e não me arrependi.
Alguém quer uma patinha? :)

7.5.07

Kashiwamochi


Quando estava voltando para casa, me deparei com este quitute no balcão de uma lojinha perto de casa. Este é o kashiwamochi.

O doce é coberto com uma folha de kashiwa (daí o nome), o carvalho japonês (acho). Vou ser sincero, não sei se a folha é usada como mero enfeite, como aromatizante, do mesmo jeito que a folha de louro na feijoada, ou se é parte do prato. Na dúvida, tentei comer (o que, admito, é um pouco contra o senso comum...). As fibras centrais da folha são duras demais para comer, então não arrisquei devorar o prato todo. Lembra vagamente o gosto (do que eu acho que seja) folha de parreira.

O mochi, envolvido pela folha, é como se espera de um doce japonês convencional: recheado de feijão doce (ankô), mas não tão pastoso como sempre, o que quer dizer que os grãozinhos de feijão eram bem distintos.

Como avaliação geral, acho que o doce tem bastante do 'exótico' que a gente espera quando está procurando pratos novos no outro lado do mundo. Vale a pena experimentar. Outra utilidade que eu descobri é assustar a patroa, que não é tão chegada em 'exóticos'.

Vai uma mordida aí?